Projetos de Extensão

O Núcleo realiza constantemente atividades de extensão envolvendo comunidades indígenas e tradicionais. Os programas de extensão em andamento seguem abaixo. Conheça também os resultados dos projetos de extensão desenvolvidos no âmbito dos editais PROEXT/MEC de 2012 a 2015 e os projetos de extensão concluídos.

 

Projetos de Extensão em Andamento:

 

 

Antonella Maria Imperatriz Tassinari. Memórias do Oiapoque: uma proposta dialógica de escritura etnográfica através da hipermídia. 2017 – Atual

Descrição: O projeto visa promover o retorno de dados de pesquisas antropológicas realizadas pela proponente nas aldeias indígenas da região do Uaçá, baixo rio Oiapoque, Amapá (de 1990 a 2016) através dos recursos do blog “Memórias do Oiapoque”. O blog vem sendo elaborado desde 2013, com o intuito de disponibilizar para as comunidades indígenas Karipuna e Galibi-Marworno os dados das pesquisas realizadas em suas aldeias na forma de imagens, sons e textos. A partir de um projeto piloto, foram realizadas duas consultas às comunidades indígenas mencionadas para a elaboração do formato atual. Conforme a demanda dos pesquisadores indígenas da UNIFAP, do Museu Kuahí e dos professores indígenas das escolas das aldeias, optou-se pela elaboração de uma “etnoblografia”, ou seja, pela experimentação de uma escritura etnográfica que utilize os recursos de um blog, mediante a publicação periódica de postagens etnográficas que serão utilizadas nas escolas e como subsídios para pesquisas dos acadêmicos indígenas..

Integrantes: Antonella Maria Imperatriz Tassinari – Coordenador.

 

Ari José Sartori. Oficinas Gênero na Educação : espaço para a diversidade 5ª. Edição. 2015 – Atual

Descrição: Um dos objetivos principais do projeto foi contribuir na formação continuada dos/as professores/as dos anos iniciais e da educação infantil do município de Seara tratando das questões de gênero, sexualidade e violência no cotidiano escolar..

Integrantes: Ari Jose Sartori – Coordenador.

 

Edviges Marta Ioris. Projeto de Extensão Articulação de Saberes e Produção de Conhecimento no contexto dos Indígenas do Brasil Meridional. 2017 – Atual

Descrição: O Projeto visa à construção de um espaço de trocas, articulação e produção de saberes direcionado aos estudantes indígenas dos diversos cursos na UFSC, que contribua para uma maior divulgação dos trabalhos produzidos sobre os indígenas do Sul do país, e promova a valorização e divulgação do conhecimento intelectual indígena. Harmonizando-se na integração das situações de ensino, pesquisa e extensão, e embasadas em uma perspectiva interdisciplinar, as atividades desse projeto de extensão estarão articuladas na criação de um Espaço de Saberes, através do qual se buscará fomentar uma reflexão crítica e profunda da produção intelectual sobre o indígena, assim como daquela produzida pelos indígenas na universidade, além de proporcionar um exercício dialógico e intercultural sobre produção de conhecimento. As suas atividades buscam atender a três objetivos centrais, de levantar e de criar uma base de dados sobre a produção acadêmica da UFSC sobre os indígenas no Sul do país, para disponibilizá-la material e virtualmente aos estudantes indígenas da UFSC. Esse Espaço de Saberes estará direcionado, primordialmente, ao desenvolvimento de estratégias de divulgação do conhecimento produzido sobre os indígenas do Sul do país, assim como às estratégias de permanência de estudantes indígenas na UFSC, à sua formação e atuação qualificada como pesquisadores e extensionistas, e à consolidação da política de ações afirmativas para a educação superior indígena, recentemente implantada nessa instituição. No plano institucional, ele será desenvolvido no âmbito do Núcleo de Estudos sobre Povos Indígenas (NEPI), do Departamento de Antropologia, e sua proposta orienta-se por uma ética atenta e respeitosa da alteridade, e a percepção das diferenças como constitutivas basilares dos coletivos humanos, com as quais assume compromissos epistemológicos, pedagógicos, éticos e sociais..

Integrantes: Edviges Marta Ioris – Coordenador.

 

Denise Pistilli Rodrigues. Pós-Graduar: Escola Preparatória para a Pós-Graduação em Humanidades. 2020 – Atual

Descrição: O presente projeto visa contribuir para o enfrentamento dos desafios pelos quais passam os graduados provenientes dos setores populares e, para isso, elege como público alvo moradores de comunidades periféricas, mulheres, negros, refugiados e LGBTQIA+. Seu principal objetivo é preparar estudantes egressos do ensino público e privado de camadas socialmente desfavorecidas e historicamente excluídas da sociedade para ingressarem em programas de pós-graduação em termos de maior igualdade de oportunidade com outros estudantes de classes sociais mais favorecidas que dispõem mesmo no período de quarentena, de condições familiares e sociais mais apropriadas para desenvolverem seus estudos preparatórios para a pós-graduação. Neste sentido, a proposta cumpre um importante papel de redução das desigualdades de oportunidade de acesso à universidade em período de isolamento social e de combate à pandemia de COVID-19 e suas consequências econômicas, políticas e sociais.

Integrantes: Denise Pistilli Rodrigues –  Integrante / Sidney Jard da Silva – Coordenador.

 

Elis do Nascimento Silva. Saneamento Ambiental em Terras Indígenas de Santa Catarina. 2021 – Atual

Descrição: O saneamento básico é um direito humano essencial, estabelecido no Brasil pela Constituição Federal de 1988, como condição para a garantia da dignidade do ser humano. Com os impactos da urbanização e da nossa cultura, interferimos na qualidade de vida e na saúde de populações indígenas, o que reforça a responsabilidade compartilhada com os órgãos responsáveis para lhes dar acesso a esse direito humano essencial. Segundo FUNASA (2009), as doenças de maior ocorrência entre as populações indígenas são resultantes da falta de saneamento básico, o qual apresenta baixo índice de atendimento, em Santa Catarina, tanto individual quanto centralizado. Diante deste contexto, o presente projeto de extensão tem como objetivo promover a melhoria do saneamento ambiental em aldeias indígenas de Santa Catarina, por meio de diagnósticos e tecnologias sociais seguras, que contemplem as questões culturais e promovam a governança local. Sua execução contempla a realização de diagnósticos sobre a situação do saneamento em aldeias indígenas em Santa Catarina, a proposição de soluções para o déficit de saneamento em aldeias indígenas de Santa Catarina por meio de tecnologias sociais, bem como a promoção da governança dos indígenas sobre as tecnologias de saneamento por meio de capacitações, ações de educação ambiental e comunicação. Pretende-se também avaliar os potenciais riscos à saúde das comunidades indígenas, considerando diferentes cenários de tecnologias de saneamento, promovendo a curricularização da extensão no âmbito de cursos de graduação na UFSC, em especial na Engenharia Sanitária e Ambiental..

Integrantes: Elis do Nascimento Silva – Integrante / Rodrigo Mohedano – Coordenador. 

 

Suzana Cavalheiro de Jesus. Interseccionando a conversa: diálogos sobre gênero, antropologia e educação. 2021 – Atual

Descrição: A proposta nasce de relações estabelecidas com docentes da educação básica, trabalhadoras da saúde, do direito, da segurança pública e organizações da sociedade civil, ao longo dos cinco anos de atuação do Grupo de Pesquisa ?Tuna: gênero, educação e diferença?. No processo de desenvolvimento de pesquisas, construímos redes e identificamos demandas situadas no âmbito da divulgação cientifica. O advento da Covid-19 fez com que os espaços de troca e construção coletiva entre o GP e a comunidade fossem de forma online ? plataforma GMeet, Canal do You Tube e redes sociais. Com base nos estudos sobre teorias indígenas do conhecimento, criamos o espaço dos ?Diálogos Ameríndios?; a partir das investigações do campo dos estudos de gênero e metodologias feministas, desenvolvemos os ?Diálogos do Cuidado?; e por fim, registramos, no final de 2020 o projeto ?Tuna em ação: 21 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres?. Somaram-se aí os encontros de estudos, baseados em textos previamente lidos e debates coletivos ? todos escritos por autoras que defendem feminismos plurais, decoloniais, contra-hegemônicos. Autoras asiáticas, latino-americanas e migrantes. É com o intuito de dar continuidade nesta construção que unimos as ações em um único projeto, aqui denominado de ?Interseccionando a conversa: diálogos sobre gênero, antropologia e educação?, com foco em ações de divulgação científica sobre feminismos; literatura; cuidado; produção de conhecimento em contextos ameríndios; e educação escolar ? todos temas a serem trabalhados em uma perspectiva interseccional..

Integrantes: Suzana Cavalheiro de Jesus – Coordenador.