Xamãs e xamanismo: de religião arcaica a práticas dialógicas com o global
NOTA PUBLICA DE APOIO AO CACIQUE BABAU TUPINAMBÁ
A Federação Indígena das Nações Pataxó e Tupinambá do Extremo Sul da Bahia – FINPAT vem através desta NOTA PÚBLICA, externar apoio irrestrito ao CACIQUE BABAU TUPINAMBÁ, o qual foi preso nesta quinta feira (24/04/2014), pela Polícia Federal, em Brasília/DF, por acusações que não condiz com a verdade, sem provas materiais para comprovação do crime. Como forma de protestar e repudiar a ação da Justiça Brasileira, Babau se apresentou a Justiça no Congresso Nacional, local onde são elaboradas e aprovadas as Leis que tanto rege este país e que não são cumpridas, principalmente a Constituição Brasileira, o Art. 231 que diz: São reconhecidos aos índios os seus direitos, costumes, línguas e tradições e as TERRAS que tradicionalmente ocupam, competindo a UNIÃO, proteger e demarcá-las………… Nesta prerrogativa – FINPAT, REPUDIAR A AÇÃO DO GOVERNO BRASILEIRO na prisão do CACIQUE BABAU TUPINAMBÁ, onde a posição deveria ser a Demarcação do Território Indígena Tupinambá de Olivença, como forma de garantir os direitos tradicionais/originários daquele POVO e sessar o conflito instalado na região de Ilhéus, Buerarema e Una, no Estado da Bahia. O Governo Brasileiro, através de seus órgãos e instituições, mais uma vez querem calar o Povo Tupinambá com a prisão do Cacique Babau, que tanto luta pela garantia dos direitos indígenas, os quais estão sendo violados pelo próprio GOVERNO BRASILEIRO. Antes da prisão do Cacique Babau, o visto de seu passaporte foi suspenso, como forma de impedir a viagem de BABAU ao Vaticano para audiência com o PAPA FRANCISO, aonde iria à missão de paz em nome dos Povos Indígenas do Brasil para falar ao Santíssimo, sobre a violação dos direitos indígenas, principalmente a demarcação de terras. Esta é mais uma ação da Bancada Ruralista, que estão travestidos de GOVERNO, nos três Poderes da República para impedir a garantia dos direitos indígenas. Cacique BABAU TUPINAMBÁ, é o nosso guerreiro, nosso herói e líder de luta pelos Povos Indígenas da Bahia e do Brasil.
LIBERDADE AO LÍDER CACIQUE BABAU TIPINAMBÁ JÁ……
Assinado: Vereador Cacique Aruã Pataxó
Presidente da FINPAT
Seminários do NEPI: Paisagens Culturais e Tradições de Conhecimento
Já teve início a programação do primeiro semestre de 2014 dos seminários do NEPI. Toda segunda-feira, das 16-18 hs.
Participe! Confira a programação no link: http://nepi.ufsc.br/seminarios-do-nepi/
Moção de Repúdio às ações violentas contra a comunidade acadêmica da UFSC
MOÇÃO DE REPÚDIO ÀS AÇÕES VIOLENTAS
CONTRA A COMUNIDADE ACADÊMICA DA UFSC
Os professores e professoras do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH), do Centro de Comunicação e Expressão (CCE), do Centro de Educação (CED) e de outros Centros, abaixo assinados, vêm a público repudiar as ações violentas da Polícia Federal e da Polícia Militar no Campus da UFSC, que agrediram estudantes, professores e servidores e, sobretudo, feriram a autonomia universitária e os valores educacionais que regem a formação de nosso alunato, pautados no respeito, no diálogo, na ética e na cidadania.
Causa indignação e também estranheza a ocorrência de tais ações na UFSC, uma instituição que tem se destacado como uma das melhores universidades do país e do exterior. De acordo com o Ranking Mundial promovido pelo Conselho Superior de Investigações Científicas, ela ocupa um honroso terceiro lugar em produção científica, sendo antecedida apenas pela USP e pela UFRGS. Segundo o Ranking Web of Universities, a UFSC ocupa a quarta posição entre as universidades da América Latina. Fundada em 1960, esta instituição, considerada por várias instâncias avaliadoras a melhor do Estado de Santa Catarina, tem se expandido incansavelmente, abrigando hoje um contingente formado por cerca de 43.000 alunos matriculados em 105 cursos de graduação e 156 de pós-graduação. Os/as docentes que atuam nesses cursos são em sua maioria doutores/as e trabalham em regime de dedicação exclusiva, liderando núcleos e grupos de pesquisa. Em 2013, dos 56 programas de Pós-Graduação da UFSC avaliados pela Capes, 17 alcançaram as notas mais altas (6 e 7) concedidas pela agência, referendando os cursos como de excelência internacional. Dois desses programas de pós-graduação estão no CFH. No último quadriênio, a UFSC diplomou 14.588 profissionais graduados e 10.824 pós-graduados, atingindo a marca recorde de 25.412 diplomados. A isso se soma a colaboração de 3.075 técnicos-administrativos.
Esses números refletem claramente o compromisso desta instituição com uma política de expansão e de qualidade do ensino público superior, favorecendo a inclusão e a permanência dos estudantes através da garantia de bolsas de estudo, da definição clara de Programas de Ações Afirmativas, bem como do funcionamento da Biblioteca Universitária, do RU e do HU. Além desses números favoráveis, a existência de 317 acordos da UFSC com universidades e instituições de pesquisa de diferentes países, sinaliza o lugar de destaque que ela ocupa também no cenário internacional. Essa trajetória exemplar, marcada por sólido e sistemático empenho em busca de um ensino de excelência, nos orgulha e estimula em nossas atividades de ensino, pesquisa e extensão universitária.
Também manifestamos nossa estranheza diante do modo como a imagem da UFSC e os episódios desencadeados pela intransigente e violenta ação da Polícia Federal, com o apoio da Polícia Militar, têm sido insidiosamente distorcidos pelos órgãos de imprensa locais. Esses parecem desconhecer não apenas a qualidade do trabalho acadêmico, mas também o impacto educacional, social e econômico altamente positivo da UFSC, que deveria ser tratada com o devido respeito, como um patrimônio do Estado de Santa Catarina.
Reconhecemos que, assim como qualquer outro local do país, os vários campi da UFSC estão sujeitos aos conflitos e tensões típicos do crescimento urbano e dos espaços democráticos nos quais a diversidade de opiniões e os movimentos sociais se expressam e convivem num clima de liberdade. No entanto, entendemos que as intervenções policiais devem passar pela apreciação e anuência da Reitoria. Consideramos fundamental o respeito à autonomia universitária e à legitimidade de suas instâncias de decisão.
Atualmente, a UFSC é liderada por duas professoras/pesquisadoras que foram eleitas democraticamente pela comunidade acadêmica, cujas trajetórias refletem o comprometimento com a seriedade e a qualidade dessa instituição. Externamos confiança em nossas colegas e repudiamos as infâmias veiculadas na imprensa, muitas das quais colocam em dúvida suas competências por serem mulheres.
Assim, os professores e professoras do CFH, do CCE, do CED e de outros Centros, abaixo assinados, manifestam seu repúdio à violência empreendida pela Polícia Federal e Polícia Militar no Campus da UFSC, entendendo que esta se coaduna com reiteradas ações de criminalização dos movimentos sociais, e reforçam sua solidariedade aos/às professores/as por ela atingidos/as, especialmente Paulo Pinheiro Machado e Sônia Weidner Maluf, Diretor e Vice-Diretora do Centro de Filosofia e Ciências Humanas, aos estudantes que foram presos, aos servidores que buscaram uma solução negociada, aos feridos e à sua administração central, que legitimamente representa a comunidade universitária. É inaceitável qualquer forma de violência, ainda mais em um espaço público e vocacionado para a educação como é o Campus da UFSC!
Adair Bonini (Depto. de Línguas e Literatura Vernáculas/PPGL/CCE)
Adriano Henrique Nuernberg (Depto. de Psicologia/PPG em Psicologia/CFH)
Alessandro Pinzani (Depto. de Filosofia/PPG em Filosofia/CFH)
Alexandre Bergamo (Depto. de Sociologia e Ciência Política/PPGSP/CFH)
Alexandre Finotti (Engenharia Sanitária/CTC)
Alícia Norma Gonzales de Castells (Depto. de Antropologia/PPGAS/CFH)
Aline Dias da Silveira (Depto. de História/CFH)
Ana Maria Veiga (Depto. de História/CFH)
Ana Luiza Britto Cesar de Andrade (Departamento de Língua e Literatura Vernáculas/CCE)
Andrea Zanella (Depto. de Psicologia/PPGP em Psicologia/CFH)
Antonella Maria Imperatriz Tassinari (Depto. de Antropologia/PPGAS/CFH)
Ariane Kuhnen (Depto. de Psicologia/PPGP/UFSC)
Artur Cesar Isaia ((Depto. de História/PPG em História/CFH)
Ary Cesar Minella (Depto. de Sociologia e Ciência Política/PPGSP/CFH)
Beatriz Galotti Mamigonian (Depto. de História/PPG em História/CFH)
Bernadete Aued (Depto. de Sociologia e Ciência Política/PPGSP/CFH)
Brigido Vizeu Camargo (Depto. de Psicologia/PPGP/CFH)
Carlos Augusto Locatelli (Depto. de Jornalismo/CCE)
Carlos Eduardo Schimidt Capela (Departamento de Língua e Literatura Vernáculas/CCE)
Carmen Ojeda Ocampo Moré (Depto. de Psicologia/PPGP/CFH)
Carmen Silvia Rial (Depto. de Antropologia/PPGAS/CFH)
Celso Reni Braida (Depto. de Filosofia/PPG em Filosofia/CFH)
Claudio Cezar Alano da Cruz (Departamento de Língua e Literatura Vernáculas/CCE)
Claudia de Lima Costa (Departamento de Língua e Literatura Vernáculas/CCE)
Clécio Azevedo da Silva (Depto. de Geografia/PPG em Geografia/CFH)
Cristina Scheibe-Wolff (Depto. de História/PPG em História/CFH)
Cristine Gorski Severo (Departamento de Língua e Literatura Vernáculas/CCE)
Cristiane Lazarrotto-Volcão (Departamento de Língua e Literatura Vernáculas/CCE)
Daniela Ribeiro Schneider (Depto. de Psicologia/PPGP em Psicologia/CFH)
Denise Cord (Depto. de Psicologia/CFH)
Erni José Seibel (Depto. de Sociologia e Ciência Política/PPGSP/CFH)
Edviges Marta Ioris (Depto. de Antropologia/PPGAS/CFH)
Elizabeth Farias da Silva (Depto. de Sociologia e Ciência Política/PPGSP/CFH)
Elson Manoel Pereira (Depto. de Geociências/PPGG/CFH)
Esther Jean Langdon (Depto. de Antropologia/PPGAS/CFH)
Fábio Lopes da Silva (Departamento de Língua e Literatura Vernáculas/CCE)
Fábio Luiz Búrigo (Depto. de Zootecnia e Desenvolvimento Rural/CCA e PPGSP/CFH)
Fernando Cândido (Depto de História/ PPGH/CFH )
Fernando Ponte de Souza (PPGSP/CFH)
Gabriel Coutinho Barbosa (Depto. de Antropologia/PPGAS/CFH)
Gustavo Caponi (Depto. de Filosofia/PPG em Filosofia/CFH)
Henrique Espada Rodrigues Lima (Depto. de História/PPG em História/CFH)
Henrique Luis Pereira Oliveira (Depto. de História/CFH)
Ilka Boaventura Leite (Depto. de Antropologia/PPGAS/CFH)
Ilse Scherer-Warren (PPGSP/CFH)
Jacques Mick (Depto. de Sociologia e Ciência Política/PPGSP/CFH)
Jaimir Conte (Depto. de Filosofia/PPG em Filosofia/CFH)
Janice Tirelli Ponte de Sousa (Depto. de Sociologia e Ciência Política/PPGSP/CFH)
Janine Gomes da Silva (Depto de História/ PPGH/CFH)
Jean Gabriel Castro da Costa (Depto. de Sociologia e Ciência Política/CFH)
Joana Maria Pedro (Depto. de História/PPGICH/CFH)
José Antonio Kelly Luciani (Depto. de Antropologia/PPGAS/CFH)
Júlia Guivant (Depto. de Sociologia e Ciência Política/PPGSP/CFH)
Kátia Maheirie (Depto. de Psicologia/PPGP/CFH)
Leda Scheibe (PPG em Educação/CED)
Louise Lhulier (PPGP em Psicologia/CFH)
Lucas Bueno (Depto de História/ PPGH/CFH)
Luciane Maria Schlindwein (Depto. de Metodologia do Ensino/CED)
Lucienne Martins Borges (Depto. de Psicologia/PPGP em Psicologia/CFH)
Luiz Fernando Scheibe (Depto. de Geografia/PPG em Geografia/CFH)
Luiz Hebeche (Depto. de Filosofia/PPG em Filosofia/CFH)
Luzinete Simões Minella (PPGICH/CFH)
Magali Mendonça (Depto. de Geografia/PPG em Geografia/CFH)
Magda Zurba (Depto. de Psicologia/CFH)
Márcia Grizotti (Depto de Sociologia e Ciência Política/CFH)
Márcio Rogério Silveira (Depto. de Geografia/PPG em Geografia/CFH)
Marcos Aurélio da Silva (Depto. de Geografia/PPG em Geografia/CFH)
Marcos Baltar (Depto. de Línguas e Literatura Vernáculas/PPGL/CCE)
Maria Aparecida Crepaldi (Depto. de Psicologia/PPGP em Psicologia/CFH)
Maria Bernardete Ramos Flores (PPGH e PPGICH/CFH)
Maria Chalfin Coutinho (Depto. de Psicologia/PPGP/CFH)
Maria Eugenia Dominguez (Depto. de Antropologia/PPGAS/CFH)
Maria Juracy Toneli (Depto. de Psicologia/PPG em Psicologia/CFH)
Maria de Fátima Fontes Piazza (Departamento de História/ PPGH/CFH)
Maria de Lourdes Borges (Depto. de Filosofia/PPG em Filosofia/CFH)
Maria Lúcia de Paula Herrmann (Depto. de Geografia/PPG em Geografia/CFH)
Maria Soledad Etcheverry Orchard (Depto. de Sociologia e Ciência Política/PPGSP/CFH)
Mariana Paolozzi Sérvulo da Cunha (Depto. de Filosofia/PPG em Filosofia/CFH)
Marivete Gesser (Depto. de Psicologia/CFH)
Mauro Luís Vieira (Depto. de Psicologia/PPGP/CFH)
Meriti de Souza (Depto. de Psicologia/PPGP/CFH)
Miriam Pillar Grossi (Depto. de Antropologia/PPGAS/CFH)
Myriam Mitjavila (Depto de Serviço Social e PPGem Serviço Social/CSE e PPGICH/CFH)
Nazareno José de Campos (Depto. de Geografia/PPG em Geografia/CFH)
Nestor Habkost (Depto. de Ensino/CED)
Nícia L. D. Silveira (Depto. de Psicologia/CFH)
Oscar Calavia (Depto. de Antropologia/PPGAS/CFH)
Paulo José Krischke (PPGICH/CFH)
Pedro de Souza (Departamento de Língua e Literatura Vernáculas/CCE)
Rafael Devos (Depto. de Antropologia/PPGAS/CFH)
Rafael José de Menezes Bastos (Depto. de Antropologia/PPGAS/CFH)
Raquel Barros Miguel (Depto. de Psicologia/CFH)
Raul Antelo (Departamento de Língua e Literatura Vernáculas/CCE)
Raul Burgos (Depto. de Sociologia e Ciência Política/PPGSP/CFH)
Renata Palandri Sigollo Sell (Depto de História/PPG em História/CFH)
Ricardo Gaspar Muller (Depto. de Sociologia e Ciência Política/PPGSP/CFH)
Rosana Kamita (Departamento de Língua e Literatura Vernáculas/CCE)
Sandra Noemi Cucurullo de Caponi (Depto. de Sociologia e Ciência Política/PPGSP/CFH)
Scott Corell Head (Depto. de Antropologia/PPGAS/CFH)
Simone Schmidt (Departamento de Língua e Literatura Vernáculas/CCE)
Susan de Oliveira (Departamento de Língua e Literatura Vernáculas/CCE)
Tânia Regina Oliveira Ramos (Departamento de Língua e Literatura Vernáculas/CCE)
Vânia Cardoso (Depto. de Antropologia/PPGAS/CFH)
Convite para IV Seminário Interuniversitário
Convidamos V.S. para participar do IV Seminário Interuniversitário – TERRAS INDÍGENAS E CRESCIMENTO ECONÔMICO: TEMPOS DE DÚVIDAS E DESAFIOS.
Att,
Coordenação Lic. Indígena
Carta de repúdio a violência da mídia contra os indígenas
Carta de repúdio às manifestações e ações anti-indígenas de SC
Nós, organizações, entidades e pessoas abaixo assinados, vimos a público manifestar nosso repudio aos meios de comunicação RIC Record, Grupo RBS, Blog do Jornalista Moacir Pereira, Jornal Cidade de Joinville, Sites como Antropowatch e Questão Indígena, que, nos últimos meses, têm veiculado notícias falaciosas e preconceituosas, além de fomentar opiniões declaradamente anti-indígenas. Estes veículos que deveriam primar pela verdade, pela imparcialidade e pela transparência, bem como respeito a Constituição, têm, ao contrário, veiculado apenas informações distorcidas e visões dos grupos que se opõem aos direitos dos povos originários, sem dar espaço a outros setores da sociedade e aos próprios indígenas.
Não permitem que se expresse a voz das lideranças desses povos, omitem as principais razões da situação de vulnerabilidade dos indígenas e criminalizam movimentos sociais e profissionais, especialmente indigenistas, antropólogos e operadores do direito, que, no responsável exercício de suas funções, atuam no sentido de colocarem em prática os preceitos constitucionais.
Lamentamos a ignorância e o desconhecimento de pessoas desinformadas que atacam as culturas indígenas em todos seus aspectos, especialmente no tocante aos seus direitos territoriais, garantidos pelas Constituições Federal (Artigo 231) e Estadual (Artigo192), que se referem ao direito à terra, condição crucial para manutenção de seus usos costumes e tradições. Destacamos ainda que o Brasil é signatário também da Convenção 169 da OIT e a Declaração das Nações unidas sobre os direitos dos povos indígenas de 2007, que reconhecem os direitos humanos e territoriais desses povos originários.
Não culpamos pessoas que, muitas vezes, de forma tão difícil quanto a dos indígenas tentam sobreviver num país desigual e injusto como o Brasil. Mas não podemos aceitar que empresas que recebem do Estado concessão pública dos meios de comunicação, destinadas a informar a população, produzam e reproduzam inverdades, promovam o preconceito étnico, calem as vozes indígenas e induzam a população à violência contra esses povos! O poder público e estas empresas são responsáveis pela observância dos princípios constitucionais, no que tange ao direito de todos os cidadãos à informação correta (Art.221).
Os órgãos públicos devem controlar o que estas empresas e grupos veiculam de forma leviana e insidiosa, obrigando-os a trazerem informações adequadas, verídicas e imparciais, ao contrário do que vem sendo feito. Consideramos especialmente grave a omissão das vozes de atores fundamentais envolvidos no processo de reconhecimento dos direitos dos povos originários, em especial, das lideranças indígenas.
Os povos indígenas de SC (Guarani, Kaigang e Xokleng), desde décadas têm participado, pacientemente, de negociações com diversos órgãos, na expectativa de verem seus direitos constitucionais efetivados. São centenas de famílias aguardando a homologação das terras indígenas Pindoty, Pirai, Tarumã, Morro Alto, Araçá’i e La Klãno. A demora no processo de reconhecimento das terras impede a reprodução da vida dos indígenas, e torna sua situação altamente insegura e precária. Os órgãos de imprensa, acima citados, contribuem mais ainda para o acirramento da vulnerabilidade, prejudicando não apenas as antigas gerações, mas também jovens e crianças indígenas.
Com relação à Terra Indígena de Morro dos Cavalos (Palhoça-SC) aguarda há duas décadas pela homologação de suas terras. Discordamos totalmente da ideia veiculada por estas empresas/imprensa de que as mortes, acidentes e engarrafamentos na BR 101 sejam de responsabilidade dos Guarani. Mas sim, são dos órgãos públicos as prerrogativas de fazerem a demarcação das terras e a construção dos túneis na região, conforme já foi determinado pelo TCU e acordado com o povo Guarani e com o DNIT. É a construção desses túneis que desintrusará a terra indígena, evitará congestionamentos da BR, e os frequentes acidentes e mortes.
Basta de violência! Basta de mentiras!
BASTA DE UMA IMPRENSA PARCIAL QUE DESINFORMA E É DESCOMPROMETIDA COM A VERDADE!
Pela homologação da Terra Indígena Morro dos Cavalos!
Pela homologação das terras indígenas Pindoty, Pirai, Tarumã, Morro Alto, Araçá’i e La Klãno!
Exigimos do DNIT a construção dos túneis no Morro dos Cavalos, que é a alternativa acordada e a mais viável econômica e ambientalmente, que garantirá condições dignas de moradia, de trabalho e de vida aos Guarani na região.
Pelo RECONHECIMENTO dos direitos dos povos originários!
Santa Catarina, dezembro de 2013.
Assinam esta carta:
COMISSÃO NEMONGUETÁ
CONSELHO MISSIONÁRIO INDIGIENISTA – CIMI SUL
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ANTROPOLOGIA
COLETIVO CATARINA DE ADVOCACIA POPULAR
REDE NACIONAL DE ADVOGADAS E ADVOGADOS POPULAR – RENAP/SC
COLETIVO DIVUANT DE ANTRPOLOGIA – SC
NEPI- Núcleo de Estudos de Populações Indígenas (UFSC)
NEA – Núcleo de Estudos Ambientais (UDESC)
Seminário de 18/11: Maria Luiza Rodrigues Souza (UFG) expõe pesquisa sobre nominação e história do contato entre os Asuriní do Xingu
“De que maneira os nomes pessoais contribuem para a se compreender a construção do passado? Em que medida a rememoração que os vivos fazem de seus mortos está associada a uma cartografia coletiva? Em síntese, estas poderiam ser algumas das questões que a nominação pessoal entre os Asuriní pode sugerir.” Com essas questões, a Profa. Maria Luiza Rodrigues Souza, da UFG, apresenta a comunicação: “Notas esparsas – Os nomes e história do contato entre os Asuriní do Xingu“, com o propósito de abordar a prática de se nomear pessoas entre os Asuriní do Xingu e sua relação com a história do contato e a territorialidade deste povo, também conhecido como Asuriní do Koatinemo. Maria Luiza está na UFSC em missão do PROCAD/Casadinho que articula os PPGAS da UFSC, UFRGS e UFG.
Dia 18/11/2013, das 16 as 18 hs, sala 313, bloco D do CFH/UFSC.
Seminário de 11/11: Telma Camargo (UFG) expõe pesquisa sobre bonecas karajá e a construção do território
RESUMO: “O projeto “Bonecas Karajá”, que subsidiou o registro desse artefato cerâmico como Patrimônio da Cultura Brasileira, levantou dados que permitem discutir a relação entre os modos de fazer a boneca (ritxoko) com a circulação do povo Karajá pelo vale do rio Araguaia. Possibilita também problematizar a noção de tradição e memória na configuração de identidade e território étnicos. Entre as mais de vinte aldeias Karajá registradas, a de Santa Isabel do Morro, localizada na Ilha do Bananal, no Estado do Tocantins, se constitui como centro simbólico do saber-fazer a boneca ao qual recorrem ceramistas de outras aldeias, estudios, colecionadores e comerciantes. A partir dessas considerações, esta comunicação discute o trânsito do conhecimento sobre o modo de fazer ritxoko e a circulação das ceramistas como reveladores da complexa relação entre tradição e mudança culturais”.
Dia 11/11/2013, das 16 as 18 hs, sala 313, bloco D do CFH/UFSC.
A página do NEPI está renovada!
Após algum tempo de buscas erráticas nos mares virtuais, enfrentando IDs, logins, plugins, links e outros seres fantásticos que habitam essas paragens, encontramos o rumo das páginas da UFSC e conseguimos atualizar a página do NEPI!
Boa navegação!