NOTA PUBLICA DE APOIO AO CACIQUE BABAU TUPINAMBÁ

29/04/2014 13:30

A Federação Indígena das Nações Pataxó e Tupinambá do Extremo Sul da Bahia – FINPAT vem através desta NOTA PÚBLICA, externar apoio irrestrito ao CACIQUE BABAU TUPINAMBÁ, o qual foi preso nesta quinta feira (24/04/2014), pela Polícia Federal, em Brasília/DF, por acusações que não condiz com a verdade, sem provas materiais para comprovação do crime. Como forma de protestar e repudiar a ação da Justiça Brasileira, Babau se apresentou a Justiça no Congresso Nacional, local onde são elaboradas e aprovadas as Leis que tanto rege este país e que não são cumpridas, principalmente a Constituição Brasileira, o Art. 231 que diz: São reconhecidos aos índios os seus direitos, costumes, línguas e tradições e as TERRAS que tradicionalmente ocupam, competindo a UNIÃO, proteger e demarcá-las………… Nesta prerrogativa – FINPAT, REPUDIAR A AÇÃO DO GOVERNO BRASILEIRO na prisão do CACIQUE BABAU TUPINAMBÁ, onde a posição deveria ser a Demarcação do Território Indígena Tupinambá de Olivença, como forma de garantir os direitos tradicionais/originários daquele POVO e sessar o conflito instalado na região de Ilhéus, Buerarema e Una, no Estado da Bahia. O Governo Brasileiro, através de seus órgãos e instituições, mais uma vez querem calar o Povo Tupinambá com a prisão do Cacique Babau, que tanto luta pela garantia dos direitos indígenas, os quais estão sendo violados pelo próprio GOVERNO BRASILEIRO.  Antes da prisão do Cacique Babau, o visto de seu passaporte foi suspenso, como forma de impedir a viagem de BABAU ao Vaticano para audiência com o PAPA FRANCISO, aonde iria à missão de paz em nome dos Povos Indígenas do Brasil para falar ao Santíssimo, sobre a violação dos direitos indígenas, principalmente a demarcação de terras. Esta é mais uma ação da Bancada Ruralista, que estão travestidos de GOVERNO, nos três Poderes da República para impedir a garantia dos direitos indígenas. Cacique BABAU TUPINAMBÁ, é o nosso guerreiro, nosso herói e líder de luta pelos Povos Indígenas da Bahia e do Brasil.

 

LIBERDADE AO LÍDER CACIQUE BABAU TIPINAMBÁ JÁ……

 

Assinado: Vereador Cacique Aruã Pataxó

Presidente da FINPAT

Moção de Repúdio às ações violentas contra a comunidade acadêmica da UFSC

01/04/2014 11:46

MOÇÃO DE REPÚDIO ÀS AÇÕES VIOLENTAS

CONTRA A COMUNIDADE ACADÊMICA DA UFSC

Os professores e professoras do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH), do Centro de Comunicação e Expressão (CCE), do Centro de Educação (CED) e de outros Centros, abaixo assinados, vêm a público repudiar as ações violentas da Polícia Federal e da Polícia Militar no Campus da UFSC, que agrediram estudantes, professores e servidores e, sobretudo, feriram a autonomia universitária e os valores educacionais que regem a formação de nosso alunato, pautados no respeito, no diálogo, na ética e na cidadania.

Causa indignação e também estranheza a ocorrência de tais ações na UFSC, uma instituição que tem se destacado como uma das melhores universidades do país e do exterior. De acordo com o Ranking Mundial promovido pelo Conselho Superior de Investigações Científicas, ela ocupa um honroso terceiro lugar em produção científica, sendo antecedida apenas pela USP e pela UFRGS. Segundo o Ranking Web of Universities, a UFSC ocupa a quarta posição entre as universidades da América Latina. Fundada em 1960, esta instituição, considerada por várias instâncias avaliadoras a melhor do Estado de Santa Catarina, tem se expandido incansavelmente, abrigando hoje um contingente formado por cerca de 43.000 alunos matriculados em 105 cursos de graduação e 156 de pós-graduação. Os/as docentes que atuam nesses cursos são em sua maioria doutores/as e trabalham em regime de dedicação exclusiva, liderando núcleos e grupos de pesquisa. Em 2013, dos 56 programas de Pós-Graduação da UFSC avaliados pela Capes, 17 alcançaram as notas mais altas (6 e 7) concedidas pela agência, referendando os cursos como de excelência internacional.  Dois desses programas de pós-graduação estão no CFH. No último quadriênio, a UFSC diplomou 14.588 profissionais graduados e 10.824 pós-graduados, atingindo a marca recorde de 25.412 diplomados. A isso se soma a colaboração de 3.075 técnicos-administrativos.

Esses números refletem claramente o compromisso desta instituição com uma política de expansão e de qualidade do ensino público superior, favorecendo a inclusão e a permanência dos estudantes através da garantia de bolsas de estudo, da definição clara de Programas de Ações Afirmativas, bem como do funcionamento da Biblioteca Universitária, do RU e do HU.  Além desses números favoráveis, a existência de 317 acordos da UFSC com universidades e instituições de pesquisa de diferentes países, sinaliza o lugar de destaque que ela ocupa também no cenário internacional. Essa trajetória exemplar, marcada por sólido e sistemático empenho em busca de um ensino de excelência, nos orgulha e estimula em nossas atividades de ensino, pesquisa e extensão universitária.

Também manifestamos nossa estranheza diante do modo como a imagem da UFSC e os episódios desencadeados pela intransigente e violenta ação da Polícia Federal, com o apoio da Polícia Militar, têm sido insidiosamente distorcidos pelos órgãos de imprensa locais. Esses parecem desconhecer não apenas a qualidade do trabalho acadêmico, mas também o impacto educacional, social e econômico altamente positivo da UFSC, que deveria ser tratada com o devido respeito, como um patrimônio do Estado de Santa Catarina.

Reconhecemos que, assim como qualquer outro local do país, os vários campi da UFSC estão sujeitos aos conflitos e tensões típicos do crescimento urbano e dos espaços democráticos nos quais a diversidade de opiniões e os movimentos sociais se expressam e convivem num clima de liberdade. No entanto, entendemos que as intervenções policiais devem passar pela apreciação e anuência da Reitoria. Consideramos fundamental o respeito à autonomia universitária e à legitimidade de suas instâncias de decisão.

Atualmente, a UFSC é liderada por duas professoras/pesquisadoras que foram eleitas democraticamente pela comunidade acadêmica, cujas trajetórias refletem o comprometimento com a seriedade e a qualidade dessa instituição. Externamos confiança em nossas colegas e repudiamos as infâmias veiculadas na imprensa,  muitas das quais colocam em dúvida suas competências por serem mulheres.

Assim, os professores e professoras do CFH, do CCE, do CED e de outros Centros, abaixo assinados, manifestam seu repúdio à violência empreendida pela Polícia Federal e Polícia Militar no Campus da UFSC, entendendo que esta se coaduna com reiteradas ações de criminalização dos movimentos sociais, e reforçam sua solidariedade aos/às professores/as por ela atingidos/as, especialmente Paulo Pinheiro Machado e Sônia Weidner Maluf, Diretor e Vice-Diretora do Centro de Filosofia e Ciências Humanas, aos estudantes que foram presos, aos servidores que buscaram uma solução negociada, aos feridos e à sua administração central, que legitimamente representa a comunidade universitária. É inaceitável qualquer forma de violência, ainda mais em um espaço público e vocacionado para a educação como é o Campus da UFSC!

 

Adair Bonini (Depto. de Línguas e Literatura Vernáculas/PPGL/CCE)

Adriano Henrique Nuernberg (Depto. de Psicologia/PPG em Psicologia/CFH)

Alessandro Pinzani (Depto. de Filosofia/PPG em Filosofia/CFH)

Alexandre Bergamo (Depto. de Sociologia e Ciência Política/PPGSP/CFH)

Alexandre Finotti (Engenharia Sanitária/CTC)

Alícia Norma Gonzales de Castells (Depto. de Antropologia/PPGAS/CFH)

Aline Dias da Silveira (Depto. de História/CFH)

Ana Maria Veiga (Depto. de História/CFH)

Ana Luiza Britto Cesar de Andrade (Departamento de Língua e Literatura Vernáculas/CCE)

Andrea Zanella (Depto. de Psicologia/PPGP em Psicologia/CFH)

Antonella Maria Imperatriz Tassinari (Depto. de Antropologia/PPGAS/CFH)

Ariane Kuhnen (Depto. de Psicologia/PPGP/UFSC)

Artur Cesar Isaia ((Depto. de História/PPG em História/CFH)

Ary Cesar Minella (Depto. de Sociologia e Ciência Política/PPGSP/CFH)

Beatriz Galotti Mamigonian (Depto. de História/PPG em História/CFH)

Bernadete Aued (Depto. de Sociologia e Ciência Política/PPGSP/CFH)

Brigido Vizeu Camargo (Depto. de Psicologia/PPGP/CFH)

Carlos Augusto Locatelli (Depto. de Jornalismo/CCE)

Carlos Eduardo Schimidt Capela (Departamento de Língua e Literatura Vernáculas/CCE)

Carmen Ojeda Ocampo Moré (Depto. de Psicologia/PPGP/CFH)

Carmen Silvia Rial (Depto. de Antropologia/PPGAS/CFH)

Celso Reni Braida (Depto. de Filosofia/PPG em Filosofia/CFH)

Claudio Cezar Alano da Cruz (Departamento de Língua e Literatura Vernáculas/CCE)

Claudia de Lima Costa (Departamento de Língua e Literatura Vernáculas/CCE)

Clécio Azevedo da Silva (Depto. de Geografia/PPG em Geografia/CFH)

Cristina Scheibe-Wolff (Depto. de História/PPG em História/CFH)

Cristine Gorski Severo (Departamento de Língua e Literatura Vernáculas/CCE)

Cristiane  Lazarrotto-Volcão (Departamento de Língua e Literatura Vernáculas/CCE)

Daniela Ribeiro Schneider (Depto. de Psicologia/PPGP em Psicologia/CFH)

Denise Cord (Depto. de Psicologia/CFH)

Erni José Seibel (Depto. de Sociologia e Ciência Política/PPGSP/CFH)

Edviges Marta Ioris (Depto. de Antropologia/PPGAS/CFH)

Elizabeth Farias da Silva  (Depto. de Sociologia e Ciência Política/PPGSP/CFH)

Elson Manoel Pereira (Depto. de Geociências/PPGG/CFH)

Esther Jean Langdon (Depto. de Antropologia/PPGAS/CFH)

Fábio Lopes da Silva (Departamento de Língua e Literatura Vernáculas/CCE)

Fábio Luiz Búrigo (Depto. de Zootecnia e Desenvolvimento Rural/CCA e PPGSP/CFH)

Fernando Cândido (Depto de História/ PPGH/CFH )

Fernando Ponte de Souza (PPGSP/CFH)

Gabriel Coutinho Barbosa (Depto. de Antropologia/PPGAS/CFH)

Gustavo Caponi (Depto. de Filosofia/PPG em Filosofia/CFH)

Henrique Espada Rodrigues Lima (Depto. de História/PPG em História/CFH)

Henrique Luis Pereira Oliveira (Depto. de História/CFH)

Ilka Boaventura Leite (Depto. de Antropologia/PPGAS/CFH)

Ilse Scherer-Warren (PPGSP/CFH)

Jacques Mick (Depto. de Sociologia e Ciência Política/PPGSP/CFH)

Jaimir Conte (Depto. de Filosofia/PPG em Filosofia/CFH)

Janice Tirelli Ponte de Sousa (Depto. de Sociologia e Ciência Política/PPGSP/CFH)

Janine Gomes da Silva (Depto de História/ PPGH/CFH)

Jean Gabriel Castro da Costa (Depto. de Sociologia e Ciência Política/CFH)

Joana Maria Pedro (Depto. de História/PPGICH/CFH)

José Antonio Kelly Luciani (Depto. de Antropologia/PPGAS/CFH)

Júlia Guivant (Depto. de Sociologia e Ciência Política/PPGSP/CFH)

Kátia Maheirie (Depto. de Psicologia/PPGP/CFH)

Leda Scheibe (PPG em Educação/CED)

Louise Lhulier (PPGP em Psicologia/CFH)

Lucas Bueno (Depto de História/ PPGH/CFH)

Luciane Maria Schlindwein (Depto. de Metodologia do Ensino/CED)

Lucienne Martins Borges (Depto. de Psicologia/PPGP em Psicologia/CFH)

Luiz Fernando Scheibe (Depto. de Geografia/PPG em Geografia/CFH)

Luiz Hebeche (Depto. de Filosofia/PPG em Filosofia/CFH)

Luzinete Simões Minella (PPGICH/CFH)

Magali Mendonça (Depto. de Geografia/PPG em Geografia/CFH)

Magda Zurba (Depto. de Psicologia/CFH)

Márcia Grizotti (Depto de Sociologia e Ciência Política/CFH)

Márcio Rogério Silveira (Depto. de Geografia/PPG em Geografia/CFH)

Marcos Aurélio da Silva (Depto. de Geografia/PPG em Geografia/CFH)

Marcos Baltar (Depto. de Línguas e Literatura Vernáculas/PPGL/CCE)

Maria Aparecida Crepaldi (Depto. de Psicologia/PPGP em Psicologia/CFH)

Maria Bernardete Ramos Flores (PPGH e PPGICH/CFH)

Maria Chalfin Coutinho (Depto. de Psicologia/PPGP/CFH)

Maria Eugenia Dominguez (Depto. de Antropologia/PPGAS/CFH)

Maria Juracy Toneli (Depto. de Psicologia/PPG em Psicologia/CFH)

Maria de Fátima Fontes Piazza (Departamento de História/ PPGH/CFH)

Maria de Lourdes Borges (Depto. de Filosofia/PPG em Filosofia/CFH)

Maria Lúcia de Paula Herrmann (Depto. de Geografia/PPG em Geografia/CFH)

Maria Soledad Etcheverry Orchard (Depto. de Sociologia e Ciência Política/PPGSP/CFH)

Mariana Paolozzi Sérvulo da Cunha (Depto. de Filosofia/PPG em Filosofia/CFH)

Marivete Gesser (Depto. de Psicologia/CFH)

Mauro Luís Vieira (Depto. de Psicologia/PPGP/CFH)

Meriti de Souza (Depto. de Psicologia/PPGP/CFH)

Miriam Pillar Grossi (Depto. de Antropologia/PPGAS/CFH)

Myriam Mitjavila (Depto de Serviço Social e PPGem Serviço Social/CSE e PPGICH/CFH)

Nazareno José de Campos (Depto. de Geografia/PPG em Geografia/CFH)

Nestor Habkost (Depto. de Ensino/CED)

Nícia L. D. Silveira (Depto. de Psicologia/CFH)

Oscar Calavia (Depto. de Antropologia/PPGAS/CFH)

Paulo José Krischke (PPGICH/CFH)

Pedro de Souza (Departamento de Língua e Literatura Vernáculas/CCE)

Rafael Devos (Depto. de Antropologia/PPGAS/CFH)

Rafael José de Menezes Bastos (Depto. de Antropologia/PPGAS/CFH)

Raquel Barros Miguel (Depto. de Psicologia/CFH)

Raul Antelo (Departamento de Língua e Literatura Vernáculas/CCE)

Raul Burgos (Depto. de Sociologia e Ciência Política/PPGSP/CFH)

Renata Palandri Sigollo Sell (Depto de História/PPG em História/CFH)

Ricardo Gaspar Muller (Depto. de Sociologia e Ciência Política/PPGSP/CFH)

Rosana Kamita (Departamento de Língua e Literatura Vernáculas/CCE)

Sandra Noemi Cucurullo de Caponi (Depto. de Sociologia e Ciência Política/PPGSP/CFH)

Scott Corell Head (Depto. de Antropologia/PPGAS/CFH)

Simone Schmidt (Departamento de Língua e Literatura Vernáculas/CCE)

Susan de Oliveira (Departamento de Língua e Literatura Vernáculas/CCE)

Tânia Regina Oliveira Ramos (Departamento de Língua e Literatura Vernáculas/CCE)

Vânia Cardoso (Depto. de Antropologia/PPGAS/CFH)

Carta de repúdio a violência da mídia contra os indígenas

09/12/2013 13:05

Carta de repúdio às manifestações e ações anti-indígenas de SC

Nós, organizações, entidades e pessoas abaixo assinados, vimos a público manifestar nosso repudio aos meios de comunicação RIC Record, Grupo RBS, Blog do Jornalista Moacir Pereira, Jornal Cidade de Joinville, Sites como Antropowatch e Questão Indígena, que, nos últimos meses, têm veiculado notícias falaciosas e preconceituosas, além de fomentar opiniões declaradamente anti-indígenas. Estes veículos que deveriam primar pela verdade, pela imparcialidade e pela transparência, bem como respeito a Constituição, têm, ao contrário, veiculado apenas informações distorcidas e  visões dos grupos que se opõem aos direitos dos povos originários, sem dar espaço a outros setores da sociedade e aos próprios indígenas.

Não permitem que se expresse a voz das lideranças desses povos, omitem as principais razões da situação de vulnerabilidade dos indígenas e criminalizam movimentos sociais e profissionais, especialmente indigenistas, antropólogos e operadores do direito, que, no responsável exercício de suas funções, atuam no sentido de colocarem em prática os preceitos constitucionais.

Lamentamos a ignorância e o desconhecimento de pessoas desinformadas que atacam as culturas indígenas em todos seus aspectos, especialmente no tocante aos seus direitos territoriais, garantidos pelas Constituições Federal (Artigo 231) e Estadual (Artigo192), que se referem ao direito à terra, condição crucial para manutenção de seus usos costumes e tradições. Destacamos ainda que o Brasil é signatário também da Convenção 169 da OIT e a Declaração das Nações unidas sobre os direitos dos povos indígenas de 2007, que reconhecem os direitos humanos e territoriais desses povos originários.

Não culpamos pessoas que, muitas vezes, de forma tão difícil quanto a dos indígenas tentam sobreviver num país desigual e injusto como o Brasil. Mas não podemos aceitar que empresas que recebem do Estado concessão pública dos meios de comunicação, destinadas a informar a população, produzam e reproduzam inverdades, promovam o preconceito étnico, calem as vozes indígenas e induzam a população à violência contra esses povos! O poder público e estas empresas são responsáveis pela observância dos princípios constitucionais, no que tange ao direito de todos os cidadãos à informação correta (Art.221).

Os órgãos públicos devem controlar o que estas empresas e grupos veiculam de forma leviana e insidiosa, obrigando-os a trazerem informações adequadas, verídicas e imparciais, ao contrário do que vem sendo feito. Consideramos especialmente grave a omissão das vozes de atores fundamentais envolvidos no processo de reconhecimento dos direitos dos povos originários, em especial, das lideranças indígenas.

Os povos indígenas de SC (Guarani, Kaigang e Xokleng), desde décadas têm participado, pacientemente, de negociações com diversos órgãos, na expectativa de verem seus direitos constitucionais efetivados. São centenas de famílias aguardando a homologação das terras indígenas Pindoty, Pirai, Tarumã, Morro Alto, Araçá’i e La Klãno. A demora no processo de reconhecimento das terras impede a reprodução da vida dos indígenas, e torna sua situação altamente insegura e precária. Os órgãos de imprensa, acima citados, contribuem mais ainda para o acirramento da vulnerabilidade, prejudicando não apenas as antigas gerações, mas também jovens e crianças indígenas.

Com relação à Terra Indígena de Morro dos Cavalos (Palhoça-SC) aguarda há duas décadas pela homologação de suas terras. Discordamos totalmente da ideia veiculada por estas empresas/imprensa de que as mortes, acidentes e engarrafamentos na BR 101 sejam de responsabilidade dos Guarani. Mas sim, são dos órgãos públicos as prerrogativas de fazerem a demarcação das terras e a construção dos túneis na região, conforme já foi determinado pelo TCU e acordado com o povo Guarani e com o DNIT. É a construção desses túneis que desintrusará a terra indígena, evitará congestionamentos da BR, e os frequentes acidentes e mortes.

Basta de violência! Basta de mentiras!

BASTA DE UMA IMPRENSA PARCIAL QUE DESINFORMA E É DESCOMPROMETIDA COM A VERDADE!

Pela homologação da Terra Indígena Morro dos Cavalos!

 

Pela homologação das terras indígenas Pindoty, Pirai, Tarumã, Morro Alto, Araçá’i e La Klãno!

Exigimos do DNIT a construção dos túneis no Morro dos Cavalos, que é a alternativa acordada e a mais viável econômica e ambientalmente, que garantirá condições dignas de moradia, de trabalho e de vida aos Guarani na região.

Pelo RECONHECIMENTO dos direitos dos povos originários!

Santa Catarina, dezembro de 2013.

Assinam esta carta:

 

COMISSÃO NEMONGUETÁ

CONSELHO MISSIONÁRIO INDIGIENISTA – CIMI SUL

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ANTROPOLOGIA

COLETIVO CATARINA DE ADVOCACIA POPULAR

REDE NACIONAL DE ADVOGADAS E ADVOGADOS POPULAR – RENAP/SC

COLETIVO DIVUANT DE ANTRPOLOGIA – SC

NEPI- Núcleo de Estudos de Populações Indígenas (UFSC)

NEA – Núcleo de Estudos Ambientais (UDESC)

Seminário de 18/11: Maria Luiza Rodrigues Souza (UFG) expõe pesquisa sobre nominação e história do contato entre os Asuriní do Xingu

14/11/2013 13:30

 

“De que maneira os nomes pessoais contribuem para a se compreender a construção do passado? Em que medida a rememoração que os vivos fazem de seus mortos está associada a uma cartografia coletiva? Em síntese, estas poderiam ser algumas das questões que a nominação pessoal entre os Asuriní pode sugerir.” Com essas questões, a Profa. Maria Luiza Rodrigues Souza, da UFG, apresenta a comunicação: “Notas esparsas – Os nomes e história do contato entre os Asuriní do Xingu“, com o propósito de abordar a prática de se nomear pessoas entre os Asuriní do Xingu e sua relação com a história do contato e a territorialidade deste povo, também conhecido como Asuriní do Koatinemo. Maria Luiza está na UFSC em missão do PROCAD/Casadinho que articula os PPGAS da UFSC, UFRGS e UFG.

Dia 18/11/2013, das 16 as 18 hs, sala 313, bloco D do CFH/UFSC.

texto Maria Luiza seminário 18 novembro 2013

Seminário de 11/11: Telma Camargo (UFG) expõe pesquisa sobre bonecas karajá e a construção do território

07/11/2013 17:13
” Modos de fazer Boneca Karajá, circulação de conhecimento e a construção do território” é o título da pesquisa que será apresentada pela Profa. Telma Camargo da Silva (UFG), que está na UFSC para realização de estágio pós-doutoral.

RESUMO: “O projeto “Bonecas Karajá”, que subsidiou o registro desse artefato cerâmico como Patrimônio da Cultura Brasileira, levantou dados que permitem discutir a relação entre os modos de fazer a boneca (ritxoko) com a circulação do povo Karajá pelo vale do rio Araguaia. Possibilita também problematizar a noção de tradição e memória na configuração de identidade e território étnicos. Entre as mais de vinte aldeias Karajá registradas, a de Santa Isabel do Morro, localizada na Ilha do Bananal, no Estado do Tocantins, se constitui como centro simbólico do saber-fazer a boneca ao qual recorrem ceramistas de outras aldeias, estudios, colecionadores e comerciantes. A partir dessas considerações, esta comunicação discute o trânsito do conhecimento sobre o modo de fazer ritxoko e a circulação das ceramistas como reveladores da complexa relação entre tradição e mudança culturais”.

Dia 11/11/2013, das 16 as 18 hs, sala 313, bloco D do CFH/UFSC.

Paper Telma Camargo da Silva

A página do NEPI está renovada!

05/11/2013 14:00

Após algum tempo de buscas erráticas nos mares virtuais, enfrentando IDs, logins, plugins, links e outros seres fantásticos que habitam essas paragens, encontramos o rumo das páginas da UFSC e conseguimos atualizar a página do NEPI!

Boa navegação!