O NEPI se solidariza com os colegas do Museu Nacional e com familiares e amigos da Profa. Giralda Seyferth, falecida no dia de hoje.
Renomada professora do Museu Nacional e precursora dos estudos sobre etnicidade, racismo, imigração e identidade no Brasil, Giralda cursou História na UFSC e iniciou suas atividades profissionais na equipe formada pelo Prof.Oswaldo Cabral, no Instituto de Antropologia, onde também atuaram Silvio Coelho dos Santos, Maria José Reis e Neusa Bloemer, que depois fundaram o NEPI.
Entre outros trabalhos foi autora dos livros: A colonização alemã no Vale do Itajaí (Porto Alegre, Ed. Movimento, 2ª. ed. 1999), Nacionalismo e Identidade Étnica (Florianópolis, FCC, 1982), Imigração e cultura no Brasil (Brasília, Ed. UnB, 1990) e Seyferth, Giralda, Povoa Neto, H., Zanini, M.C.C. e Santos, M. de O. (orgs.). Mundos em Movimento. Ensaios sobre migrações. Santa Mauá (RS), Editora da UFSM, 2007, 432p.
O MArquE – Museu de arqueologia e etnologia da UFSC recebe no período de 11 a 29 de abril, a exposição de arte indígena contemporânea It was Amazon/Era uma vez Amazônia. A mostra é uma provocação voluntária do premiado artista indígena Jaider Esbell do povo Makuxi, do estado de Roraima. A itinerância passará por todo o Brasil ao longo de mais de 3 anos e Santa Catarina é o nono estado a receber a exposição que teve inicio no nordeste, em 2016. O artista recebe convidados para abertura com ritual no dia 11/04 às 16h no hall principal do museu. Durante o período o artista faz agenda visitando comunidades, escolas e no dia 19 [local e horário será informado] realizará uma fala aberta na UFSC.
A Exposição – reúne em 16 obras várias realidades amazônicas que na compreensão do artista devem estar na agenda comum que tratam questões centrais sobre sustentabilidade. Com desenho em preto e branco, mostra e artista já foram vistos por milhares de pessoas gerando ressonância que extrapolam todas as fronteiras do conceitos chaves. Arte, Amazônia, indígena, sustentabilidade, feitos locais/globais são temas de diálogos amplos que somam-se a resistências e sinalizam para a urgência de uma nova política com o índio, seus saberes e expectativas. No campo central das artes, a mostra é parte da força que rompe as fronteiras do desconhecimento sobre o índio no pensamento maior da atualidade brasileira e do mundo.
Jaider Esbell – 38 anos. Artista multimídia, escritor e produtor cultural. Índio Makuxi da Reserva Raposa Serra do Sol em Normandia-RR. Vive desde os 18 anos na capital Boa Vista onde mantém uma galeria de arte indígena contemporânea. Jaider foi premiado pela FUNARTE/Minc em 2010. Como artista plástico foi vencedor do Premio PIPA online em 2016. Vive profissionalmente da arte desde 2010. Em 2013 foi convidado a dar aulas e fazer exposição no Pitzer College nos Estados Unidos onde permaneceu por oito meses. As exposições itinerantes não são patrocinadas e não fazem parte de editais. As articulações são realizados por meio de redes sociais entre artistas e atores do meio e visam proporcionar o máximo de atividades interativas em cada passagem. A permanência do artista é custeada por recursos próprios e a hospedagem é oferecida por voluntários, uma forma de gerar trocas culturais espontâneas. Em Florianópolis o artista faz residência na coletivo artístico NACASA e permanece até o dia 02/05.
Serviço: Exposição It Was Amazon/Era uma vez Amazônia
Artista: Jaider Esbell Makuxi – RR
Local: MArquE – UFSC – Hall central
Abertura: Terça-feira, 11/04 16h
Período: 11 a 29/04
Horário de visitação: terça a sexta, das 9h às 17 sábados, das 13 às 17h (exceto feriados).
Contato com o artista es.b@hotmail.com 95 999592025
Lamentamos profundamente o assassinato do Cacique da Terra Indígena Serrinha (Ronda Alta/RS), Antonio Mig Claudino, ocorrido na noite de 20 de março de 2017.
Manifestamos nossa indignação, revolta e inconformidade com mais este ato brutal de violência contra as populações indígenas, que infelizmente tem se repetido no Brasil.
Antonio Mig Claudino esteve presente na UFSC em várias ocasiões, participando de atividades acadêmico-científico-culturais da Licenciatura Intercultural Indígena, enquanto liderança indígena e pai da acadêmica Adriana Claudino.
Como divulgado na página da Licenciatura Indígena da UFSC: “seu nome Kaingang – MIG – traduzido como Tigre (Onça) revela sua força e determinação. A mesma que todos devemos ter a cada dia diante do difícil contexto relacionado aos povos indígenas no Brasil”.
Todas as segundas-feiras, das 14 às 16 horas, ocorrem os seminários do NEPI, na sala 313 do Bloco D do CFH, com a discussão de textos de autoria dos membros da equipe e convidados.
As atividades tiveram início em 2005, com o Ciclo de Discussões de Pesquisas e Experiências em Educação Indígena, e tiveram continuidade nos anos seguintes, abarcando várias temáticas relacionadas às pesquisas desenvolvidas no núcleo: identidade étnica, territorialidade, educação indígena, cosmologias indígenas, ações afirmativas, entre outras.
Os seminários semanais são uma boa ocasião para estudantes de Ciências Sociais desenvolverem atividades relacionadas à disciplina Prática de Pesquisa. Também são abertos para demais pessoas interessadas, nos níveis de graduação e pós-graduação.
O NEPI e a Licenciatura Intercultural Indígena organizam na próxima segunda-feira, 10 de outubro, a Mesa-Redonda:
Rogério Correia da Silva (professor da Faculdade de Educação da UFMG): “A experiência da FIEI – Licenciatura em Formação Intercultural de Educadores Indígenas da UFMG”
Julieta Briseño Roa (doutoranda no Departamento de Investigaciones Educativas, CINVESTAV, México): “A experiência de formação de professores para as Secundarias Comunitarias Indígenas em Oaxaca”
Quando: 15:15 hs, dia 10/10/2016
Onde: sala 304 do EFI – 3º Piso
Participantxs:
-Profa. Raquel Mombelli-PPGAS/UFSC
-Txulunh Laklãno-Xokleng – Estudante Nutrição/UFSC
-Helena Jucelia Vidal de Oliveira – Remanescente do Quilombo Vidal Martins.
-Profa Maria Dorothéa Post Darella – MarquE/UFSC
-Profa Antonella Tassinari -PPGAS/UFSC
NEPI convida:
O Programa de Pós-graduação em Antropologia Social (PPGAS/UFSC) está promovendo o Seminário Antropologia, Poder, e Direitos Tradicionais: A CPI que investiga a FUNAI e INCRAque se realizará no Auditório do CED (UFSC), nos dias 07 e 08 de abril de 2016. O Seminário faz parte programação inaugural do semestre 2016-1, denominada Antropologia, Poder, Conhecimentos e Direitos Tradicionais: Embates na academia e no Congresso Nacional, e visa abordar o conhecimento antropológico produzido na UFSC (Programação I – 14-17/03/2016), e os argumentos presentes na justificativa para instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga a FUNAI e INCRA, em relação aos processos de regularização fundiária que realizam, respectivamente, para indígenas e comunidades remanescentes de quilombo (Programação II – 07-08/04/2016)*.
*Texto retirado da página do Programa de Pós Graduação em Antropologia Social – UFSC (http://ppgas.posgrad.ufsc.br/).
Acesse a programação aqui.